Quem era Allani Rayane, a jovem assassinada em Caruaru a mando da própria mãe por causa de herança

A história de Allani Rayane, de 24 anos, chocou Pernambuco e o país. Natural de Sirinhaém, na Zona da Mata Sul, a jovem havia se mudado para Caruaru, no Agreste, em busca de melhores oportunidades de estudo e trabalho — um sonho interrompido de forma brutal após ser assassinada a mando da própria mãe, Andrea Maria dos Santos, por causa de uma herança deixada pelo avô.

Descrita por amigos como uma pessoa tranquila, calada e dedicada, Allani cursava Pedagogia em uma universidade particular de Caruaru e estagiava em um colégio particular. Segundo relatos de pessoas próximas, ela sempre conversava sobre sua vida pessoal e partilhava a difícil relação familiar que vivia.

De acordo com amigas, Andrea Maria nunca exerceu papel materno: “Gostava de farra, bebidas, se relacionava com muitos homens e não cuidava dos filhos”, relatou uma amiga que preferiu não se identificar. Ela também revelou que a mãe demonstrava abertamente insatisfação pelo fato de boa parte da herança do avô ter sido deixada para Allani. “Ela deixava claro que não considerava Allani e o irmão como filhos”, afirmou.

O crime

Segundo as investigações da Polícia Civil, Andrea Maria e o executor do crime, Josemi José de Santana Filho — com quem ela mantinha um relacionamento amoroso — planejaram a morte da jovem para ter acesso ao dinheiro da herança.

Na madrugada da segunda-feira (17), Josemi foi até a casa de Allani alegando que faria um “trabalho religioso”. Dentro da residência, ela foi torturada e pressionada a transferir o dinheiro herdado do avô. Com a negativa da vítima, o homem a assassinou com golpes de faca e com uma enxada de jardim.

Logo após o crime, câmeras de segurança registraram o executor descartando uma mochila com as armas usadas, que foram encontradas enroladas em um lençol manchado de sangue.

Prisão dos envolvidos

Andrea Maria e Josemi foram presos preventivamente após audiência de custódia nesta quarta-feira (19). Ela foi encaminhada à Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, no Recife, e ele à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru. Mesmo negando o crime, elementos apresentados pela polícia confirmam o envolvimento de ambos.

O delegado Eric Costa afirmou: “A versão dela não é verossímil. Todos os elementos indicam que ela atuou como mandante do crime, juntamente com seu companheiro”. G1 CARUARU

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